ADIVINHAR 1997

EU COSTUMAVA
TE ADIVINHAR
E TU
FAZIAS O MESMO

A VIDA,
O DIA-A-DIA,
OS FILHOS,
PARECE QUE
TUDO
TEM NOS
AFASTADO

SINTO
QUE O
CAMINHO
DE VOLTA
AO QUE
ÉRAMOS
É LONGO

TEM DE
HAVER
UMA
REDESCOBERTA
EM NÓS
MESMOS
DO AMOR
QUE SENTIMOS
DA CUMPLICIDADE
DOS SONHOS

TU FICASTES
AMARGO
O HOMEM
MEIGO
E ATENCIOSO
DEU LUGAR
AO HOMEM
CONTRARIADO
E MAU-HUMORADO

O HOMEM
ROMÂNTICO
TRANSFORMOU-SE
NO PROVEDOR
E DE
PROVEDOR
EM COBRADOR

O DONO
DA VERDADE
O SENHOR
DO PODER
OU SERÁ
DA FRUSTRAÇÃO?

NÃO ME ADIVINHAS
MAIS...
NEM EU
POSSO
ADIVINHAR-TE...

HOJE
SÓ TENHO
MEDO
DA COBRANÇA
SEGUINTE,
DA CULPA
QUE ME
É IMPOSTA
DO LAR
QUE SE
ASSEMELHA
AO DO PASSADO

OU SERÁ
TUA CONSCIÊNCIA?
QUE GRITA
E ALERTA
ESTARES TRILHANDO
AS MESMAS
PEDRAS,
POIS ESTÁS
REPETINDO
OS MESMOS
ERROS...

QUE
DESATINO
QUE SÃO
NOSSAS
VIDAS
TU NÃO
ME
ADIVINHAS
MAIS...
EU TÃO
POUCO
OUSO
ADIVINHAR-TE...
COM MEDO
DE DESILUDIR-ME
NÃO ÉS
O MESMO...